Ah, 2013... você está chegando ao fim, finalmente. E nesse momento, que paro um bocado para pesar e repensar tudo que você me trouxe nesses 365 dias, percebo que não foi tão diferente dos outros anos. Algo a mais de bom, algo a menos de ruim. No mais, crescimento e fortalecimento.
Esse ano eu reaprendi a valorizar a minha família, parte de mim que é essencial e que nem sempre consegui compreender em suas particularidades. Ganhei uma irmãzinha, amei ainda mais a minha irmã materna, figura por quem sou apaixonada e grata. Ganhei de aniversário um sobrinho, a quem amarei loucamente e vou corujar feito doida. Certeza. Esse ano vovó foi pro céu...e deixou muita lembrança e tristeza. Mudei para uma casa melhor com minhas queridas primas, com quem a convivência é infinitamente mais prazerosa. Aprendi que a desunião pode ser vista com auto-comiseração ou encarada como uma chance de que, no futuro, possa construir minha própria família com as coisas que não pude ter: histórias ao leito, conversas compreensivas, oportunidades, festas, apoio... Penso ser hora de deixar mais um pedaço do meu passado negro e olhar ao horizonte com esperança. Como Tolkien me ensinou.
Esse ano revi amigos perdidos e vi que a distância não é nada para almas afins. Fortaleci ainda mais meus laços com meus amigos mais próximos e espero que tais vínculos jamais pereçam. Ana Cristina, Agatha, Ana Paula, Rodrigo, Daniel Phillipp, Sérgio, Rafael, Dênio, Paula, obrigada por serem almas afins. E a mais muitos amigos que adoro imensamente, obrigada pela reciprocidade e companheirismo. Vocês são únicos.
Tive momentos de muita tristeza profissionalmente, mas graças a Deus me reergui e aprendi algumas lições. Reconstruí sonhos, planejei projetos e alguns concluí. Sonhadora que sou, já penso em novos tijolos para meu castelo de luz. Venci a tempestade e, hoje, creio estar mais próxima do próximo degrau na minha carreira. Com mais sabedoria e menos ansiedade.
Esse ano não encontrei ninguém especial. Esse ano não amei. Termino o ano sozinha e pensativa. Não ligo mais para essa coisa de 'namorar, casar e tal'. Fiquei meio rebelde. Se era esse o objetivo da vida, parabéns. Não padeço mais de esperanças amorosas. Apenas um vazio incorrigível no lugar.
Finalmente, esse ano de 2013 foi bonito. Tive conversas prazerosas, passeei, sonhei, realizei. Tive reencontros inusitados e vi o tanto de carinho que podemos guardar por quem passa em nossas vidas. Desfiz mágoas e criei mais laços. Chorei. Ri. Fiquei só em algumas sessões de cinema e idas em livrarias. Fiquei acompanhada de amigos preciosos em sessões de RPG, aniversários e encontros para pôr o papo em dia. E ao fim e ao cabo, resta uma ideia: estive feliz. Percalços sempre terei, mas em alguns momentos, saboreio a luz da felicidade em grandes doses.
Anteontem, fui na minha irmã e ela me mostrou um filhotinho de bem-te-vi que caíra do ninho e ainda não sabia voar. Estava ali, à mercê. Vi, com algum espanto, que os pais dele iam e vinham, vigiando, cuidando e alimentando. Ele, mais tarde, subiu num arbustozinho e ali ficou, à espera do futuro. Senti-me ligada a ele de uma forma curiosa: também fui atirada à vida muito cedo. E, mesmo com tanta adversidade, Deus sempre colocou pessoas iluminadas por perto. Caro bem-te-vi: não desista. A vida pode ser bonita pra gente.
E que venha 2014! Feliz ano novo!