Não está faltando amor. Está faltando VERGONHA NA CARA.
Estou farta de mulheres fresculóides e nojentas. E homens superficiais e frívolos.
Com frequência indesejável vejo e ouço mulheres discursando mesquinharias sobre o homem que procuram. Inteligente, bondoso, trabalhador e honesto? Que nada, querem é um bonito e de preferência rico.Quando se vêem tragadas por cafajestes aculturados cuja cabeça fica na parte inferior do corpo, fazem-se de vítimas imaculadas, traídas em sua incontrolável paixão. Faça-me o favor! Um dia comentei que estava com alguém interessante e escuto a fatídica primeira questão: "É mesmo? E ele tem carro?"... Fico irada com a futilidade que invade vidas, mentes e relações. Mulheres enlouquecidas em dietas e academias para igualaram-se às divas dos periódicos. Mulheres preocupadíssimas com a unha quebrada e com o namorado que não paga a conta. Mulheres ocupadas em discutir os últimos acontecimentos da novela das oito. Priorizam aparência, físico e bolso; e ficam inconformadas ao ter que dividir uma conta.
O que nos tornamos?
Homens que só procuram mulheres cuja "dita" esteja adequadamente higienizada para a cópula. Alguns nem exigem tanto. E encontram sim, mulheres dispostas a tal, desde que exibam a chave do conversível e o talão de cheques. E alguns chegam ao disparate de reclamar que todas são "insensíveis", "sem assunto" e "só pensam em dinheiro". Será que procuram nos lugares certos? Ou acham que no Axé Brasil irão encontrar, em meio àquelas centenas de micro - invisíveis - saias e pseudo-blusas a mulher de sua vida?? Competente, inteligente, simpática e digna? Vai na fé, garanhão!
Mulheres que não lêem, não sabem construir uma única frase onde não desponte a palavra "homem", "quilos", "novela" e "compras". Já leram algo diferente da revista Capricho?? O que ouvem? Músicas libinosas de rappers americanos que cantam justamente a superficialidade que tanto lhes agrada. E reclamam que "falta homem que preste". Não é exigência demais querer algo que você não oferece nem minimamente??
A modernidade trouxe benesses incomensuráveis, mas também liberalizou e superficializou o ser. A maioria se rende ao utilitarismo e vive em função do corpo. E a alma? E o interior? Quando encontro alguém que foge à esse padrão, sei bem que estou diante de um integrante do reino de Preste João. Gemas raríssimas e desvalorizadas.
Há salvação? Ou a tendência é piorar? Não acredito que haja uma resposta pronta. Somente entristeço-me ao ver o menosprezo tácito de certas pessoas aos valores e às personalidades fortes. Generosidade, inteligência, visão, honestidade, etc. Brilhe com um cifrão que você vê a diferença. Mas sei que nem tudo está perdido, raros exemplares que rejeitam tal idéia ainda figuram no mundo. Ainda bem.
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