28.2.12

Férias, Mudanças, Saudades & Amor

"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."
(Pablo Neruda)

Mudança. Férias. Fevereiro, contrariando parte das expectativas, foi um mês de muita emoção, de muita intensidade. Breve, mas descansado. Necessário e vital, diria, depois de tantos percalços e dores do ano que se foi.

Adoro mudanças, detesto saudades. E é o que agora vem à mesa. Ao mesmo tempo despeço-me de uma etapa com pessoas maravilhosas para outra com - espero - pessoas igualmente encantadoras. O Olhar ajuda muito...sempre tento olhar o outro com amor. Nem sempre dá certo (mesmo assim recomendo).

A saudade aperta forte, mas é coisa boa também. Faz-nos lembrar que somos humanos, somos sensíveis, amamos. E somos amados, em boa parte do que distribuímos. Que Deus me ilumine nessa nova fase! Novo trabalho, novo eu, sonhos novos, essência velha. Sim, pois por dentro sou a mesma.

Gostaria de falar brevemente das férias que estão no fim. Não contando os detalhes, pois isso é chato, só relatos emocionais (igualmente chatérrimos, mas ninguém lê direito esse blog, então ok). Viajei de avião. Já fez isso? Se não, FAÇA! É incrível ficar ali do ladinho das nuvens, aquelas que eu olho de dia e que tem formato de tartarugas em almofadinhas e cavalos galopando em planícies alvas. Eu chorei, em parte porque sou fresca e em parte porque é lindo. Fiquei enjoada, mas nem por isso deixei de sentir a beleza da aventura azul-celeste, naquelas montanhas de nuvens.

O Rio de Janeiro é lindo também. Não obstante as praias sujas, praças e ruas meio entrelaçadas demais e alto risco de se perder no Centro. O céu é super azul, o ar é quente mas gostoso, o Sol é bom de sentir. Visitar os Museus e Palácios é obrigatório, assim como as praias de Ipanema e Copacabana (e Brumaria também, no meio de uma reserva florestal...). Tudo ali foi perfeito. Pular Carnaval...nem dá pra contar a alegria contagiante do samba de raiz, da loucura das andanças pela Lapa e do calor humano. Tão válido quanto foi visitar a vovó nos ermos interiores de Minas Gerais, onde tem cachoeira com a água mais gostosa de entrar e ficar gritando a plenos pulmões (sério).

Aí a gente volta...e mesmo a volta foi boa. Reviajar pelos céus, ver um bocado de gente que se ama e ficar com família e amigos não tem preço que pague. Mesmo. E nesse momento estou tentando não pensar tanto nas coisas ruins que estão acontecendo agora ou no que o futuro reserva. Tento trazer meu coração ao presente, às belas lembranças que minha alma congelou e que visito todos os dias. E sonho, pois como já nos disse Shakespeare (sabiamente), somos feitos da mesma matéria que os sonhos.

:)




ps.: Quero deixar hoje também um saco com umas trinta milhões de toneladas de saudades que sentirei dos meus companheiros de trabalho. Ah, que saudade! Mas como disse, as lembranças não deixam o coração, jamais.

8.2.12

solidão

não é algo que se comente...apenas dói. eu doo, e isso mesmo se ambigue em meus sentimentos. semanticamente e conotativamente.

Luthien Tinúviel
Fonte da imagem

7.2.12

amáveis amores, amadas vidas

Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque a gente não pode desistir da vida.

[Martin Luther King]

Imagem de R. Tokumoto

Amor é qual flor, precisa ser regado e cuidado, caso contrário entristece e murcha até morrer. Estou me cansando de amar desmedidamente e me deixarem murchar. Espero que esse mês meu coração sorria mais do que chore, pois preciso de muitas forças para caminhar sem ninguém - mortal - ao lado. É muito querer companhia. Devemos não querer nada e talvez isso nos torne melhores e menos vazios. Não ficarei vazia.