2.12.12

redescobrindo a positividade...


Ao som de “Come alive” de Foo Fighters.

Depois de dias e meses em silêncio, meus dedos desdobraram-se hoje, loucos para gritar, falar, poetizar e indagar. Linha alguma consegue conter os traços da minha vida e de minhas vivências, que de tão tênues e múltiplas, escapam-me.

Revivo a cada minuto como uma fênix. Obviamente é uma comparação cheia de ego e talvez seja mesmo. Não me importo de ver-me em meu lugar e perceber com clareza – hoje – todas as batalhas que lutei e perdi, as que fugi e as que venci. De todas elas ressurgi e não naufraguei – graças a Deus e aos amigos – de todas elas vim maior e mais eu. E hoje sinto-me um eu inefável. Apenas e muito.

Esse blog contém no mínimo partes cruciais da minha existência, desabafos de quando longe de casa tive que ser ainda mais independente e forte, de quando me senti só, de quando o meu amado Augusto me deixou e eu vi como certos homens podem ser detestáveis. E olha que ainda conheci homens ainda mais detestáveis depois. Meu coração se fechou a novos amores – não era esperado? Ainda que muitos me cortejem, prefiro estar só. Agora que minha alma se recompôs e brilha novamente, para quê machucá-la de novo? Sim, temo. E pago minhas contas, então o problema é meu.

Aqui já dedilhei minhas misérias e minhas intensas felicidades: a loucura do cansaço após perceber que trabalho desde tenra idade, a radiância de conhecer a doação voluntária, o amor doido de ter amizades eternas e inexplicáveis, o ódio e a rebeldia que fazem de mim águas calmas. E incompreensíveis.

Hoje me refugiei aqui para relembrar e sonhar... Pensar que as conquistas desse ano foram maravilhosas e defitivamente esse foi um ano bom. Livrei-me de mais um miserável, aprendi a chorar só pelo que faz sentido, aprendi a amar minha presença e a estar mais próxima dos que amo, aprendi que embora nos entristeçam e a TPM seja intransponível dias lindos virão. Não deixarei de sonhar e de acreditar. Talvez me reabra pro amor novamente – um dia – mas ele terá de atravessar montanhas mais altas que as que os poetas criaram em suas lamúrias. Eu estou completa hoje. E se amanhã não estiver? Mais aventuras e aprendizado, pois muitos (belos e floridos e cantantes) caminhos ainda me estão reservados J