27.3.11

everything dies...

 "now I hate myself, wish I'd die."





eu compreendo de modo particular porque algumas pessoas desistem da vida. desistir da vida não é necessariamente tirá-la por meio do suicídio, coisa que sou covarde demais para fazer. desistir da vida pode configurar percebê-la em dimensões tão mortas que ela perde finalmente a cor e o sentido. não vive-se: andamos, comemos, falamos e fingimos um bem-estar cordial para manter as aparências, mas ESTAMOS MORTOS. assim me sinto, num vazio que já se torna enfadonho. esses dias tem sido insuportáveis, uma solidão que só não é mais lancinante que todo um passado para lembrar e relembrar. depressão? não, isso é demasiado moderno. o nome disso é perda, é morte. em uma das suas facetas não tão terríveis. queria poder contar ou compartilhar meus dias e meus medos e rejeições aqui, mas poucos compreenderiam. tampouco faria diferença, afinal. meu último dia vivido há muito tempo atrás, percebo com um vívido descontentamento.

não tenham dó de ninguém, isso é degradante. apenas amem quem é suficientemente bom para ser amado.

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