20.1.13

new year...

Demorei falar nesse ano que desabrocha febrilmente. Talvez por estar meio desiludida, meio perdida com algumas pessoas, meio querendo me encontrar em meio a destroços de toda uma vida, filmes, livros, amores, desejos, planos, poesias, flores. Ah! Tanto sou e não posso - nem quero - minguar. Ano passado decerto foi um ano maravilhoso, com conquistas incríveis...pessoas maravilhosas...livrei-me de alguns pesadelos e me fortaleci em relação a alguns. Senti faltas. Agradeci perdas. Encontrei tesouros. Perdi jóias que não mereciam ser perdidas - mas o mar as quis. E assim vou caminhando...começo esse ano perdida...esperando encontrar-me em meio aos sonhos - escrombros - que vagueiam por minha mente todos os dias, todos os minutos. Sonhos em que voo para bem longe, para a África. Para a guerra, ajudar. Para a sina, na qual encontro amor. Eu sempre volto. Será que um dia?...

Clima de Carnaval. Hoje - fim de semana enclausurada - passei o dia ouvindo A ópera do malandro, do Chico, e marchinhas de carnaval das décadas de 1940 a 1960. Sabe que beleza há nisso? Só ouvindo...agradeço a Deus ainda as desventuras, as conquistas, os anseios...talvez os medos. Sinto-me tão triste, feliz, grata e incompleta. Tudo ao mesmo tempo. Sou dessas coisas costuradas como uma colcha de retalhos. Mil cores.

Como dissolver traumas? Amar e ajudar todos? Planejar e fazer? Perguntas que precisam da sabedoria dos anos para serem respondidas. Muitas travessias ainda...Cá fico com amigos que moram em meu coração: uns cinco ou seis, valiosos. Fico ainda com meus livros, minha liberdade...e minha solidão. E essa, só darei a quem realmente merecer e souber conquistar. Sem pretensões. Apenas sinto que há vazios que não adianta preencher de qualquer jeito...deve-se calcular, medir, sentir e naquela batida calamitosa de um coração saber que a hora chegou. Assim espero descobrir o amor. Quem sabe...



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