7.1.11

Da periculosidade da vida

divagações pessoais hoje...voltando-me à função primordial dos blogs em falta de outros ouvidos para escutar minhas angústias.




qual a sensação de ser evitado? eu digo: não é nada boa. quando alguém que você considera e se importa ignora seus recados - sabe-se lá porquê - o coração fica tão apertado! amigos deviam ser para contar em todos os momentos...mas isso é muito egoísta. pode ser que na hora que você mais precise que ele te ouça "Ei, hoje eu quero, preciso me abrir! ESCUTE-ME!", nessa hora ele não estará ali. Não vai poder te escutar ou simplesmente não vai querer...essa semana tenho sofrido muito por isso e gostaria de curar essa cicatriz. Desprezo dói, principalmente quando ele não faz o menor sentido.

e família? nossa...eu tenho tantos amigos com famílias estruturadas ou com problemas não tão mórbidos (que eu saiba). pergunto-me quantas pessoas sentem falta dessa união, desse apego ou desse amor...sim, hoje chorei não só pelo desprezo de alguém que gosto mas também pelo desprezo da minha mãe. senti o sangue escorrendo corpo afora enquanto ela dizia as palavras mais cruéis, mais impensadas...lembrei de duas coisas: a última vez que me lembro de um afago, de proteção, quando era pequena...uns oito anos. naquele dia eu deitei no colo dela e ela fez carinho no meu cabelo (o tipo mais gostoso!) e eu me senti protegida...protegida do trabalho que eu já fazia ou das pessoas que me excomungavam... lembrei também quando saí de casa, com os olhos doídos de lágrimas, pensando no tanto que meu coração estava machucado por aqueles anos de sofrimento sem sentido!

esses dias têm sido tão estranhos...sofro por tudo e sofro por nada. queria alguém para me proteger, para conversar de noite, para eu cuidar também...mas ando perdendo as esperanças disso também. nem sei se dou conta de continuar estudando, dinheiro é duro nessa idade! eu não quero estar sozinha nessa vida! é nessas horas que sinto falta do meu pequeno, que sempre me ouvia de noite...ai que tristeza! não quero mais chorar assim também, mas como?

mesmo desabafos não tiram as pedras do coração...ou resolvem os problemas. por isso tenho dificuldades em me abrir, é tão busílico. hoje queria dormir abraçada com um alguém especial, não me sentir tão só...

sobre o título do post: eu realmente acho que algumas pessoas deviam ganhar insalubridade por viver. esse mundo é injusto demais, até o sofrimento é mal distribuído! (não falo por mim, seria egoísta demais)

Tiefe Brunnen muss man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot, oh rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht stil.


2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com vc, Camila!

Amigos deveriam ser para todas as horas, mas, infelizmente, muitos não entendem isso. E, muitas vezes, justamente quando mais precisamos, acabamos tendo de enfrentar sozinhas barras pesadíssimas!

Mas assim como tudo nessa vida, toda tristeza e mal estar também passa. Por isso acredito e respeito tanto o Tempo, como aquele capaz de criar e curar feridas.

No mais, parabéns pelo blog! Beijos,

Débora.

Mila disse...

demorei, mas respondo! :)
obrigada Débora pela força e apoio! curto o seu blog tbm viu? :)
beijao