17.11.10

Luzes


Mais um novo fim de ano. Mais um fim. Mais um começo de um novo fim.

As ruas da cidade (linda minha cidade!) já estão todas enfeitadinhas. Cheias de luzes, enfeites, brilhos. Parecem bonequinhas que a mocinha caprichosa, com esmero, produziu para o chá de pétalas de rosa. Cheias de orvalho, aquele cheiro delicioso...as pétalas e as ruas. 

Ano passado nem passeei pelas minhas ruas, não tão minhas, para admirar as luzes. Esse ano talvez eu até pague um táxi só para ver um pouco do brilho da história desse mundo em que nasci, em que o Augusto nasceu, você talvez. Eu queria poder pegar um pouco dessa luz e colocar dentro de mim, ficar quentinha e protegida. Mas não tem jeito de pegar...minhas ruas estão só solidão, silêncio e escuridão.

Minhas ruas, essas sim tão minhas, estão sem enfeites de Natal esse ano.


"Todo fim faz-me clarear
Talvez paz, não mais te esperar
Sei que errei, por muito tempo eu te dei
Toda luz...

Todo sim fez-me adorador
Sempre atrás de um beijo, um sorriso, um olhar eu estive
Sei que não dá pra ter de volta o que eu te dei
Toda luz...

Muita luz pra alguém que nem queria ficar,
Mas nem sair...
Bem atrás da casa havia uma linda flor,
Você nem viu...

Todo não fez-me desvaler
Ir de encontro ao pior de você não era justo não
Sei que errei, por muito tempo eu te dei
Tanta luz...

Muita luz pra alguém que nem queria ficar,
Mas nem sair...

Bem do lado interior do coração,
Ainda mora um forte afeto por você...
Bem atrás da casa havia uma linda flor,
Você nem viu..."

(Gram)


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